ADRIANA AMAZONAS ..SUA CARREIRA, SUA HISTÓRIA E A DANÇA DO VENTRE EM SUA VIDA
Olá! Eu me chamo Adriana Batista
Amazonas, nasci em Manaus no dia 11 de julho de 1981 e o meu nome artístico é
Adriana Amazonas.
É comum perguntarem se “Amazonas” é nome
artístico (fictício) e por que a ideia de usar o nome de meu Estado, mas eu explico
que não é apenas nome artístico. Este é meu sobrenome paterno e sinto muito orgulho
de possuí-lo.
Iniciei na dança árabe com 16 anos de
idade, em grupos folclóricos. Em Manaus, existem vários grupos folclóricos
árabes, os quais surgiram na década de 80 e perduram até hoje.
Curiosamente, não são escolas de dança,
mas sim bailarinos da região, que se agrupam e dedicam seu tempo livre (finais
de semana, feriados, muitas vezes ensaiam até a madrugada) para se prepararem
para os festivais de danças locais, os quais ocorrem em épocas juninas.
Os ensaios desses grupos ocorrem em espaços
públicos, como centros de convivência de bairros ou quadras escolares. Trata-se,
em verdade, de um trabalho desenvolvido unicamente por amor à dança.
Foi dessa forma que iniciei em 1996 e
permaneci até 2000. Em 2001, conheci a dança do ventre, por meio de vídeos
didáticos das bailarinas Lulu, Najúa, Fairuza, Patricia Bencardini e Claudia
Cenci, e iniciei outra caminhada.
Este ano comemoro 15 anos de dança do
ventre e 20 anos dentro do mundo da dança árabe. Neste período, nunca parei de
dançar e não me vejo longe desta arte.
Atuo como profissional na dança há
exatamente 14 anos, sou coreografa desde 1998 e a minha escola tem 8 anos.
Ainda não tive oportunidade de me
apresentar em outros países, mas tive o privilégio de ir ao Egito por duas
vezes e nessas viagens percebi que a dança do ventre também é nossa, pois é valorizada,
apreciada e muito respeitada por nós, ocidentais.
Notei que por questões religiosas e
políticas, a dança no Oriente se tornou um desafio para nós que pretendemos
estudá-la em seu berço, a fim de transmiti-la para outras pessoas. Todavia, é
nosso dever divulgar o bem que a dança do ventre traz sempre com seriedade e
respeito, com muita cautela para evitar o seu desvirtuamento por outras pessoas.
Toda a minha caminhada foi marcada por
eventos importantes e é difícil citar apenas um, mas me recordo com muito
carinho da primeira vez em que me apresentei com banda ao vivo, dos shows que
participei como convidada em outros Estados e dos grandes profissionais que já
tive oportunidade de trazer para Manaus, como Carla Sillveira, Tony Mouzayek, Lulu,
dentre outros. Cada lugar que visito representa um grande momento e será sempre
inesquecível.
Acho importante destacar que o estudo
deve ser contínuo e permanente na dança do ventre e sempre sugiro duas grandes
bailarinas brasileiras para estudar: Lulu e Carla. Dou muita importância em
meus estudos para profissionais experientes, pioneiros da dança em nosso País,
mas não deixo de lado os excelentes profissionais que atualmente estão em
destaque.
Como gosto de percussão, tenho as minhas
divas percussivas: Diden, Sadie, Alex Delora, Henri Neto e Nur, com seu forte
quadril.
Amo o que faço, valorizo os diversos
momentos que já vivenciei e sou muito agradecida a Deus por me presentear com a
dança do ventre. Defendo o meu trabalho, sempre busco o melhor para minhas
alunas e para mim, como bailarina, mas os pilares de minha vida são Deus, minha
família e eu, minhas amizades e meu trabalho, nessa ordem.
Adriana por Adriana: sou tranquila, teimosa,
determinada, mãe, coreógrafa, bailarina, professora, diretora, não crio uma
personagem, sincera, observadora, convivo com o que não me agrada e que diverge
dos meus valores, embora prefira manter certa distância, não sou muito vaidosa.
Em resumo, minha personalidade tem vários aspectos, com defeitos e qualidades,
como qualquer ser humano.
Dançar: é importante para o equilíbrio
emocional e para a saúde do corpo.
Qualidade: sou honesta, franca.
Defeito: teimosa...todos dizem isso de
mim.
Amor: Deus, filho e família.
Ódio: não utilizaria a palavra “ódio”,
mas não gosto de pessoas artificiais...aquelas de sorrisos fáceis, porém não
verdadeiros, que fazem questão de aparentar felicidade em todos os momentos.
Somos todos humanos, temos os nossos dias difíceis, nossos momentos tristes e
acredito que estes momentos contribuem muito para nossa evolução. Não vejo
necessidade de mascará-los, como vemos com frequências nas redes sociais.
Se puder oferecer um conselho para quem
está começando, diria que a palavra principal é “dedicação”. Além disso, é
preciso ter paciência consigo, pois o caminho é longo e os percalços fazem parte
da vida no geral. O primeiro passo é querer, depois temos que buscar,
concretizar, sempre com muito respeito àqueles que estão a nossa frente há muito
tempo.
Parabéns, Adriana. Você é merecedora de todo sucesso!
ResponderExcluirObrigada querida😘
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